terça-feira

O Voo da Gaivota I


Palavras De Um Amigo

Patrícia, nossa jovem escritora, que nos tem presenteado com sua literatura simples, sincera, que nos traz bons e profundos ensinamentos, vem novamente nos brindar com mais este livro.

Fala-nos da caminhada em que assume novas e diferentes tarefas, do seu desprendimento e desapego.

Patrícia trabalha e estuda no Plano Espiritual, mas aceitou mais esta tarefa de escrever aos encarnados, na intenção de alertá-los quanto ao engano de cultuar personagens famosas. A Doutrina Espírita não está nas mãos de poucos, sejam enca rnados ou desencarnados. São muitos os espíritos que trabalham para o Bem da Humanidade.

A nossa alegre escritora, na sua humildade, se acha pequena, mas com vontade de aprender, não querendo que a cultuem e que lhe dêem maior valor do que se acha merecedora.

O enredo deste livro é muito interessante. Participando do socorro a um desencarnado toxicômano, ela nos narra importantes fatos que trazem muitos esclarecimentos sobre o prejuízo causado pelos tóxicos, o grande mal da atualidade. O desenrolar atraente desta história faz deste livro mais um marco na Literatura Espírita.

Antônio Carlos

Introdução

Quando encarnada, por muitas vezes olhava maravilhada as gaivotas voando. Encantava-me com seus vôos, que me transmitiam a sensação de liberdade. São tão livres! À tarde, andando pela praia, acompanhava suas movimentações pelos ares. Livres e felizes, faziam acrobacias oferecendo um espetáculo de rara beleza.
O espaço imenso é o ambiente preferido das gaivotas.

Mas elas não podem deixar de pousar na areia da praia, para completar a alimentação necessária à manutenção do seu corpo. Mesmo pressentindo a possibilidade de encontrar predadores inimigos, essa corajosa ave não se intimida e, muito vigilante, pousa na praia. Se falhar na sua precaução, infeliz terá sido sua descida, pois será presa fácil de algum inimigo natural. 

Se cuidadosa e atenta, feliz será seu pouso. Pegará o que precisa e novamente alçará vôo, ficando na areia, até a próxima onda, apenas a marca de seus delicados passos, a indicar que ali passou uma gaivota, realizando com prazer e alegria a função de viver e participar, com a vida, do anseio de ser e existir.Sabendo que venho raramente ao plano físico, naquele dia Elisa me comparou com uma gaivota.

- Gaivota, por que desce à Terra?

- Procura alimento?

Não respondi de imediato. Olhei para a amiga que me viu como tão belo pássaro. Seus olhos negros, meigos e bonitos brilhavam. Sorriu. Seu sorriso maravilhoso contagiava aqueles que a rodeavam, além de deixar à vista as fileiras de dentes perfeitos. Elisa é uma negra linda, a beleza dos seus sentimentos mostra e embeleza ainda mais seu perispírito. Fiquei a pensar no que me levava a voltar à Terra. 

O que estaria fazendo ali?

Ajuda?

Tarefa?

Trabalho?

O Bem que fazemos é um crédito, uma necessidade ou um alimento?
Volitei(1) e vi que a gaivota deixou marcas dos seus pezinhos no chão arenoso. Voltei o pensamento ao passado recente e me certifiquei de que, ao tentar ajudar os que ficaram na Terra, acabei por fazer muitos afetos. O Bem realizado deixaria marcas?

(1) - Volitar, na literatura espírita, é a denominação do ato de os espíritos pesencarnados se movimentarem no espaço, quando o fazem sem que os pés toquem o chão. Nos livros espíritas, principalmente nos do espírito André Luiz, há incontáveis exemplos nesse sentido. (Nota da Autora Espiritual – N.A.E.)


continua...
bjs,soninha

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